sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

O que nos dizem os ateus

Um dos pontos fundamentais para a compreensão do Princípio Agnóstico e sua aplicação no Painel do Desenvolvimento Humano é a desmistificação de certos conceitos erroneamente alardeados pela sociedade. O primeiro deles é a questão do ateísmo.
Muitos acreditam que os ateus são pessoas “do mal”. Entendem que, por não acreditarem em Deus, só podem estar a serviço do “coisa ruim”. Essa concepção contraditória é facilmente eliminada se entendermos que o ateu não acredita em um poder sobrenatural ou num Ser Superior, seja ele bom ou mal.
O conceito maniqueísta de que aqueles que acreditam em Deus são do bem, enquanto que os que não acreditam são do mal, já mostrou-se fora da lógica e da racionalidade há tempos.
Em sua grande maioria, os ateus pautam suas atitudes numa ética universal não atrelada a princípios morais dogmáticos de nenhuma religião. São céticos por excelência e para eles, o Universo por si só se basta. Não é necessário algo que o comande, que o tenha criado ou que o represente.
Seu ceticismo é um dos responsáveis pelo grande afã de conhecimento, pela busca incessante de respostas que consigam suprir satisfatoriamente nossas dúvidas e esse é um dos pontos mais positivos, em meu ponto de vista, do entendimento ateu. Não aceitam a verdade revelada e definitiva; apenas aquela alcançada pela observação e racionalização, sendo, portanto, sempre abertos a novos aspectos e possibilidades.
Certamente, podemos alcançar altos níveis de evolução e desenvolvimento para a espécie humana se nos despirmos do preconceito insensato sobre aqueles que não julgam necessária a existência de um Ser Supremo e olharmos aquilo que eles podem nos ensinar em termos de conhecimento e convivência.
Afinal, partindo do princípio de que não há como provar objetivamente a existência ou não de Deus aos outros, respeitar a concepção ética daqueles que não acreditam é, no mínimo, bom senso.
Acima de qualquer crença, a harmonia se dará pelo respeito ao resultado surgido da soma das experiências subjetivas de cada um.

(Autor: Alex Francisco Paschoalini)

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