sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

O Deus de Mani


Que deus é esse que rotula sua criação apenas em polos opostos? Os bons e os maus; os justos e os ímpios; os santos e os pecadores; os que estão no caminho correto e os que estão no caminho da perdição.

 Que deus é esse que exige que sua obra o admire?

 Que deus é esse que, perfeito, cria-nos imperfeito e exige de nós a perfeição sob pena de sofrimento eterno?

 Que deus é esse que impõe sua imagem e transforma aqueles que não a aceitam em pessoas não dignas de suas bençãos?

 O Deus que eu concebo não é esse deus conduzido pelo ego, que quer que nos prostremos diante dele em reverência pelo fato de nos ter nos criado.

 O Deus que eu concebo é aquele que me fez criatura pronta a aprender e a cooperar com o desenvolvimento de sua criação e evolução.

 O Deus que eu concebo é aquele que, em sua infinita sabedoria, me deu o livre arbítrio de errar, acertar, consertar, cair, levantar, caminhar e, acima de tudo, buscar o equilíbrio que me torne consciente a ponto de poder sentir-me a parte exata que ele necessitava em sua obra.

(Autor: Alex Francisco Paschoalini)

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