terça-feira, 26 de maio de 2009

Técnicas de Meditação - 03




Indução Hipnótica

A Indução Hipnótica é hoje uma importante ferramenta para o tratamento de traumas, sustos, fobias, medos, complexos e outros estados indesejados de nosso consciente.
O objetivo inicial é abrir as portas do inconsciente do paciente a fim de descobrir as origens desses problemas. A indução pode tanto ser dirigida para o nível cerebral alfa, deixando o paciente consciente dos fatos, como pode ser aprofundada até o estágio de sono profundo, onde o paciente não está consciente do processo.
Por esse motivo e também por tornar o paciente vulnerável a sugestões às vezes indesejadas ou perigosas, é fundamental que o terapeuta tenha amplo conhecimento da técnica e aja com ética, informando antecipadamente ao paciente sobre o método que será utilizado, com o intuito de que este escolha sobre submeter-se ou não a ele.
Sabe-se, por exemplo, que algumas pessoas que trabalham com o grande público usam indevidamente mensagens subliminares em suas práticas como forma de alcançar objetivos pessoais, o que é totalmente condenável quando se trata de Terapia Holística.
É bastante comum ocorrer durante o processo de acesso ao inconsciente o aflorar de emoções reprimidas uma vez que a barreira do consciente serve de proteção psíquica, filtrando as emoções numa tentativa de equilibrar nossos estados. Esse reter de emoções, no entanto, pode gerar efeitos psicossomáticos indesejáveis que por vezes são externados durante a sessão.
Alguns aspectos fundamentais para obter-se um bom resultado na indução hipnótica referem-se ao ambiente onde o paciente será submetido ao tratamento. É fundamental que a sala proporcione privacidade, estando livre de influências externas. A iluminação deve ser bastante suave e fraca, usando-se de preferência lâmpadas que reflitam a cor azul por ser esta a cor mais apropriada para o relaxamento.
Uma música suave e repetitiva, com batida por volta de 45 a 72 por minuto, torna o paciente muito mais suscetível à hipnose, uma vez que reproduz o ritmo do coração em estado de repouso.
Outra técnica importante é o uso da contagem regressiva enquanto se busca o relaxamento do corpo, induzindo a um nível cada vez mais profundo de relaxamento a cada número contado. A voz do terapeuta ou da gravação indutiva deve ter um estilo padronizado e compassado, formando uma onda de voz de 45 a 60 batimentos por minuto para que a sugestão verbal atinja o inconsciente do paciente sem que este desperte do estado em que se encontra.
Vale lembrar que o ritmo das ondas cerebrais variam de uma freqüência quase zero até 28 hertz e dividem-se em quatro principais estágios: estado beta ou acordado, onde as ondas variam de 14 a 28 hertz; estado alfa ou relaxado, onde as ondas variam de 7 a 14 hertz; estado teta ou sono, onde as ondas variam de 4 a 7 hertz; e estado delta ou sono profundo, onde as ondas variam de quase zero a 4 hertz.
Os três estados mais lentos são apropriados para a hipnose, sendo mais inconsciente a medida que se diminui a freqüência, conforme já citado no começo do texto. A hipnose leve flutua desde o início do estado alfa até bem próximo do final do estado teta e a hipnose profunda age no estado delta.
A programação pré-hipnótica através da lembrança de estados mentais anteriores também é muito útil ao processo.
Com esses elementos bem equilibrados a chance de sucesso da técnica são muito altas, restando ao terapeuta o cuidado e a atenção necessária que tal procedimento exige. É importante ressaltar que nosso consciente é aproximadamente 10% do total de nossa potencialidade mental. Assim como um iceberg, a maior potencialidade esconde-se abaixo da superfície, ou seja, da consciência, sendo de suma importância a aplicação de métodos que desvendem o inconsciente do paciente.
(Autor: Alex Francisco Paschoalini)

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