sexta-feira, 5 de março de 2010

Um novo paradigma



Embora a Organização Mundial de Saúde (OMS) considere que “...a saúde é um estado de completo bem-estar físico, mental e social, e não meramente a ausência de doenças ou enfermidades”, a medicina moderna insiste em focar o distúrbio provocado pela doença. O que a Terapia Holística tenta mostrar é que o verdadeiro foco está no equilíbrio que traz saúde.
Vale lembrar as palavras de Capra em seu livro acima citado: “O diploma confere o completo domínio da ciência médica, não a capacidade de cuidar dos pacientes”. A cura vai além do paradigma que pressupõe que cada peça deve ser analisada de forma individual. Como já foi dito na visão holística, o todo é muito mais do que a soma de suas partes, por isso tanto a visão reducionista como o conceito holístico são necessários e complementares, tal qual análise e síntese.
A visão global do holismo, envolvendo aspectos biológicos, químicos, psicológicos, sociais, ambientais e espirituais, muitas vezes supera a simples interpretação mecânica das enfermidades uma vez que a cura se processa através da resposta coordenada do organismo, levando-se em conta também a interferência de todos os aspectos citados acima no desenvolvimento da patologia.
Por isso é preciso entender que a cura depende muito mais de um estado de ser do que propriamente de intervenções isoladas e pontuais e que estar saudável não é um objetivo, mas sim uma conseqüência.

(Autor: Alex Francisco Paschoalini)

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

O modelo biomédico e o efeito placebo


O pressuposto da individualidade, como prega o físico Fritjof Capra em seu livro “Ponto de Mutação”, criou vários dos atuais paradigmas, tais como a idéia de que o trabalho mental é superior ao trabalho manual e por isso deve ser melhor remunerado, ou de que os médicos nem sempre necessitam considerar a dimensão psicológica das doenças e os psicoterapeutas não devem lidar com o corpo de seus pacientes.
Tudo isso influenciou de forma fundamental para a criação do conceito do modelo biomédico, onde acredita-se ser possível alcançar resultados de cura apenas intervindo nas “peças desajustadas da máquina” por meios físicos ou químicos, desconsiderando totalmente o potencial curativo que o próprio corpo humano possui e que diversas vezes já foi demonstrados nos chamados efeitos placebo, as curas ocorridas mediante a posologia de medicamentos sem o princípio ativo necessário para cura química.
Informações sobre esses impressionantes casos de cura ocorridos com a utilização de medicamentos considerados sem eficácia cientificamente comprovada são facilmente encontrados, até mesmo com uma vasta literatura de estudos científicos relatando os dados obtidos.
(Autor: Alex Francisco Paschoalini)

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

O desenvolvimento do paradigma atual


Segundo relatos históricos, a medicina moderna, desenvolvida e praticada no Ocidente, teve origem na Grécia, através dos estudos e aplicações dos conhecimentos de Hipócrates, entre o V e o IV século a.C., seguido pelos avanças de outro grego, Galeno, no primeiro século da era cristã.
Durante a Idade Média, foram os religiosos que assumiram o papel de praticar a arte da cura, como era conhecida na época, através de métodos onde a mente e o corpo tornavam-se cada vez mais separados, sendo tratados cada qual de maneira as vezes até adversa.
Essa divisão cartesiana entre matéria e mente, fruto do desenvolvimento do pensamento ocidental baseado na visão reducionista surgida após a interpretação dos conceitos de Isaac Newton, Renê Descartes e Francis Bacon, foi a responsável pela cultura de egos individuais, tão danosa à vida particular e social nos dias de hoje.
Aqueles que estudaram suas teorias não perceberam que a saúde de um sistema depende do equilíbrio entre integração de seus componentes, fundamental para a convivência, e auto-afirmação individual, necessária à sobrevivência.
Não queremos afirmar que a interpretação reducionista dos organismos não seja útil ou não tenha espaço, mas considerá-la o método completo de diagnóstico e cura é muito perigoso e, por vezes, ineficiente.

(Autor: Alex Francisco Paschoalini)

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

A sabedoria dos antigos


Ao aplicarmos essa sabedoria nos dias de hoje vemos que a medicina moderna, a psicologia e as terapias alternativas deveriam trabalhar paralelamente, assim como já praticavam os antigos curandeiros, mestres e xamãs em suas técnicas de cura, que, apesar de rudimentares; detectavam o problema, receitavam suas ervas ou intervinham com massagens e acupuntura e conduziam seus rituais de purificação e cura.
Tratavam dos doentes com uma metodologia semelhante a atual, mas mais completa, mesmo sendo rudimentar. Em resumo, faziam o diagnóstico, aplicavam plantas conhecidas ou intervinham com procedimentos de ações anatômicas, tanto no aspecto físico como no aspecto energético, através dos chacras e meridianos, e completavam com o reequilíbrio psicológico, social e espiritual.
Além disso, conseguiam conceber a doença como um distúrbio que envolvia muito mais do que esse ou aquele órgão, pois viam-na como uma disfunção do ser como um todo.
Mas a racionalidade ocidental mudou as regras do jogo, relegando a segundo plano o conhecimento empírico dos curandeiros e acabando por empurrar para as tribos e comunidades isoladas o uso e progresso dessas técnicas.
Já a rica tradição oriental, com suas filosofias que vão desde o extremo materialismo ao extremo idealismo, abraçou o conhecimento dessas metodologias de tratamento e o desenvolveu de maneira a alcançar grandes progressos no processo de cura.
(Autor: Alex Francisco Paschoalini)

segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

A cura e o paradigma cartesiano


“Vivemos hoje num mundo globalmente interligado,
no qual os fenômenos biológicos, psicológicos, sociais e ambientais são todos interdependentes.”
Fritjof Capra, físico americano
Antes de mais nada, é preciso compreender que a Terapia Holística não substitui os tratamentos da Medicina Moderna. Na verdade, são complementares. Mas está passando da hora de dar o devido espaço a ela, o que vem sendo sistematicamente reduzido no correr dos séculos graças aos avanços, as vezes um pouco sem rumo, da chamada biomedicina.
Se buscarmos alguns relatos de nossa história, inclusive fundamentados nas descobertas da arqueologia, vemos que os antigos xamãs também usavam para suas curas dos processos químicos, através de chás, poções e ungüentos, e físicos, através de massagens, acupuntura, do-in, entre outros. Os orientais, inclusive, têm uma vasta experiência prática transmitida de geração para geração dos conhecimentos médicos, através das já citadas medicina chinesa e ayurvédica.
Baseavam-se num rico compêndio de como utilizar-se de plantas e intervenções físicas, aliadas aos conhecimentos em psicologia que suas filosofias traziam, para alcançar o equilíbrio necessário à recuperação do enfermo em todos os níveis de seu ser.
(Autor: Alex Francisco Paschoalini)

sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

Como utilizar as energias sutis?



Muito bem, se não posso ver ou sentir essas energias, o que é preciso fazer para percebê-las, então?
É preciso aprender a desligar-se, momentaneamente, do mundo externo, ou seja, desprezar qualquer som, luz, odor, sensação ou gosto, anulando ao máximo a reação dos sentidos aos estímulos exteriores. Para isso, basta intensificar a atenção aos aspectos do próprio corpo. Observar a respiração, deixando o corpo relaxado e o mais imóvel possível é a maneira mais prática e usual. Com o tempo, tal prática levará a um estado consciente de silêncio dos sentidos e de interrupção dos movimentos corporais, o que começará a abrir um canal direto para contato com seu ser interior.
Com o corpo físico sob controle, sua energia tende a estabilizar-se e espalhar-se harmonicamente por ele todo, tornando mais fácil alcançar um estado de equilíbrio emocional, o início do caminho para alcançar o próximo estágio.
E esse estágio é igualmente simples, porém mais difícil: silenciar os pensamentos. É preciso interromper o fluxo de pensamentos de forma a tornar-se um “recipiente vazio”, sem nada que o leve para o passado, para o futuro, para o trabalho, para as contas, para as dificuldades do dia-a-dia, etc.
Então esse vazio poderá ser preenchido por aquilo que seu ser realmente necessita, estando pronto para receber em toda a sua plenitude a energia da vida que o cerca, o chamado prana, harmonizando agora não só seu corpo, mas também sua energia, suas emoções e sua mente. Você estará pronto para o próximo passo, aquele que já não depende de sua vontade, mas sim da ressonância de seu âmago para com a existência.
Ao alcançar este estado de percepção e receptividade, as portas se abrem para um universo novo, infinito, cheio de êxtase, e muito mais sublime do que o que percebemos normalmente.
A partir disto, é só aproveitar a viagem.


(Autor: Alex Francisco Paschoalini)

terça-feira, 5 de janeiro de 2010

Quebrando Paradigmas



Ao longo da história são incontáveis os paradigmas científicos que foram sendo abandonados por um novo paradigma mais atual e completo, às vezes bastante improvável até pouco tempo antes. A idéia primitiva de que a Terra era plana e a crença dominante até a Idade Média de que ela era o centro do Universo são talvez os exemplos mais clássicos dessa limitação intelectual humana, sempre aprimorada a cada nova importante descoberta.
As terapias holísticas trabalham com energias muito mais sutis, porém, não menos potentes. Ao contrário, como vem acontecendo com os estudos das energias atômicas e subatômicas, quanto mais sutil é a energia, maior será sua potência.

(Autor: Alex Francisco Paschoalini)