terça-feira, 26 de maio de 2009

Técnicas de Meditação - 05




Terapia de Liberação de Imagens do Inconsciente (ou Regressão Vidas Passadas/Progressão Vidas Futuras)

A TLI, como é chamada esta terapia, é uma adaptação à Terapia de Regressão Vidas Passadas e Progressão Vidas futuras, envolvendo a aplicação da Respiração Holotrópica, da Indução Hipnótica e Musicoterapia.
A terapia vem sendo desenvolvida em conjunto com uma aluna de psicologia, com o intuito de aplicação mais ampla, aos mais diversos grupos de pacientes sem que haja qualquer bloqueio ou constrangimento cultural ou religioso para o sucesso da técnica.
Costumamos salientar que as imagens vividas durante a sessão podem ser compreendidas de diversas formas: podem ser regressão ou progressão, acesso à memoria genética, acesso ao inconsciente coletivo ou simples liberações de imagens do próprio inconsciente do paciente.
Devido ao fato da cultura ocidental ainda não estar muito familiarizada com a idéia de reencarnação, evitamos o conceito de vidas passadas ou futuras, adotando a idéia de que as passagens que virão durante o processo serão espécies de sonhos em estado de consciência alterada.
Começamos a sessão com uma leve indução hipnótica, num ambiente sem influência externa e com músicas relaxantes ao fundo. Após o paciente dar sinais de relaxamento, iniciamos a Respiração Holotrópica por alguns minutos como forma de ativar os pontos de energia e liberar os canais para que a indução flua de forma mais intensa.
Em seguida, ao primeiro sinal de catarse, sugerimos o retorno à respiração profunda e a visualização de um ambiente mental onde todas as experiências, presente, passadas e futuras, estão dispostas em uma estante, numa grande sala, e acessível ao paciente. Podemos tanto induzir a situações da vida atual, de experiências passadas, de probabilidades futuras ou mesmo deixar por conta da intuição do paciente. Lembramos que para pacientes que não aceitam o conceito de reencarnação, instruímos que os volumes passados e futuros são mensagens oníricas para liberação de traumas através de metáforas.
O acesso a esses volumes é o início da viagem pela história desejada ou necessária para cura. Nesse instante, a música deixa de ser indutiva e passa a ser mais lenta e ritmada, com sons geralmente difusos para facilitar o fluir dos estados emocionais em forma de imagens.
Durante a experiência vivida pelo paciente, conforme a forma em que ele se encontre envolvido na história, podemos sugerir para que se dissocie dos fatos, tornando-se apenas um expectador do desenrolar do filme do inconsciente, como forma de preservar o seu equilíbrio emocional.
Para pacientes que aceitam o conceito de reencarnação e encontram-se à vontade em viver as situações propostas pelo seu inconsciente, sejam elas alegres ou dolorosas, sugerimos que se vá até o momento da morte a fim de resgatar todo o significado vivido durante aquela passagem. Depois disso, ainda é possível acessar outras histórias sem perder o ponto de indução.
Através da experiência cujas cobaias fomos nós mesmos (eu e a estudante de psicologia), percebemos que três passagens diferentes são o número ideal, pelo menos sob nosso modo de enxergar, para se obter bons resultados nesta terapia, uma vez que a primeira geralmente é um pouco confusa, alcançando um estágio mais aprofundado e controlado na segunda e, na grande maioria das vezes devido ao domínio já estabelecido sobre a técnica, uma revelação fundamental na terceira fase.
Ao final, trocamos novamente de música, colocando algo um pouco mais alegre e num ritmo levemente mais acelerado como âncora para trazer de volta o paciente ao ambiente da sala e ao momento presente.
O estilo das músicas utilizadas durante a sessão pode levar a situações um pouco mais conduzidas de acesso a memória, o que nos fez perceber a necessidade de lançar mão de princípios de musicoterapia ao se criar diversas seqüências de três músicas chamadas respectivamente de indução, liberação e retorno, com sonoridades variadas: clássica, religiosa, celta, ancestral, andina, etc...
(Autor: Alex Francisco Paschoalini)

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