sábado, 20 de agosto de 2011

Para meu pai


As pessoas tem o costume de dizer que, onde quer que você esteja, está me vendo e vivenciando cada uma das minha experiências. Não sei se é realmente assim mesmo. As vezes gosto de pensar que sim, que ainda participo de sua existência e você da minha, de alguma maneira.
Mas prefiro pensar que sua consciência - não, sua essência - seguiu em frente, e não se prendeu a mim ou a nada aqui. Pois não gostaria que seu espírito se prendesse a este mundo, quando deve seguir em frente, rumo ao próximo passo de sua existência.
O que você foi pra mim, o que significou, vai sempre estar presente aqui dentro. Você é parte de mim, e me ajudou a me tornar o homem que sou hoje. Gosto de pensar que você seguiu em sua jornada acreditando que me preparou o suficiente para andar com minhas próprias pernas e seguir com a minha vida.
Onde quer que você esteja espero que saiba que mesmo que sinta orgulho de mim, isso não se compara ao orgulho que eu sinto por ter vivido ao seu lado, por ter aprendido tanto com você e por ter tido você como amigo, companheiro e, principalmente, como pai.
Um dia desses, a gente se encontra de novo.
Amo você.

(Autor: Jean Roberto Paschoalini – publicado em seu Facebook)

Um comentário:

  1. Jean,

    Costumo dizer que um texto bem escrito não é o que usa palavras difíceis, mas aquele que é capaz de mexer com a gente, em especial com a nossa emoção. Então, achei simplesmente maravilhoso. Uma merecida homenagem a ele.
    Quero que saiba que sinto orgulho de você, mas é claro que isso não se compara com o você que sente com relação a seu pai. Da mesma forma, é difícil para mim medir o sentimento que eu tinha (e tenho) por ele.

    Um abraço,

    Paulo Cesar Paschoalini

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