sábado, 24 de dezembro de 2011

Sobre o Natal

Há muito já se tem falado que o Natal, hoje uma festa cristã, foi, na verdade, uma adaptação da festa pagã do nascimento do deus sol, no hemisfério norte. Por volta do terceiro século d. C., um concílio resolveu adotar como data de festejos do nascimento de Jesus de Nazaré o mesmo período usados pelos pagãos como forma de facilitar a conversão desses ao cristianismo.
Com a adoção do cristianismo por Roma e posterior difusão de sua doutrina por todo o mundo ocidental, a data passou a ser comemorada quase que mundialmente.
Independente de sua real origem ou dos destinos buscados em sua criação, o que realmente vale é analisarmos o que e quanto da simbologia esotérica do Natal tem sido preservado e quais os descaminhos que nos tem afastado de seu verdadeiro ensinamento.
É muito comum ouvir dizer que a imposição consumista que a época natalina traz às pessoas desvirtua o sentido da festa, mas a inflexibilidade dogmática também nos afasta de sua real finalidade.
Costuma-se dizer no meio cristão que as pessoas “esquecem do aniversariante” e preocupam-se apenas em festejar e trocar presentes, o que, em partes, não deixa de ser uma queixa verdadeira.
Mas mais do que “lembrar do aniversariante” é preciso fazer do Natal um lembrete de sua mensagem, que deveria estar presente diariamente em nossos atos. Mas do que simplesmente reverenciar o nascimento do messias é dar a oportunidade para que essa concepção de um novo nascimento tenha espaço para acontecer dentro de nós.
Dar a oportunidade de morrer o velho homem para nascer o homem novo; de encerrar um ciclo desgastado e esgotado para abrir um novo ciclo, repleto de possibilidades de evolução e desenvolvimento.
Muito além de reverenciar aquele que passou por esse planeta há dois mil anos é reverenciar a oportunidade de seu renascimento a todo instante dentro de cada um de nós. A possibilidade de nos divinizarmos a cada momento através de nossos pensamentos, palavras e atos.


(Autor: Alex Francisco Paschoalini)

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