O Centro Holístico Elemental encerra suas atividades de 2011 sugerindo um princípio de atitude para o Novo Ano e para os próximos: a tolerância.
Que, de agora em diante, cada um compreenda que a tolerância é o fio condutor da convivência harmônica.
Que, de agora em diante, cada um perceba os benefícios à saúde física e mental que a prática da tolerância pode nos trazer.
Que, de agora em diante, cada um entenda que tolerância não é sinônimo de passividade; ao contrário, é atitude constante de não aceitar o horizonte estreito e dogmático daqueles que se julgam donos da verdade.
Que, de agora em diante, cada um assimile que tolerância não é medo de enfrentamento; é, na verdade, a coragem de desafiar de peito e alma abertos um mundo onde a incompreensão e a brutalidade imperam e destroem.
Que, de agora em diante, cada um empregue a tolerância como viga mestra na construção do amor, da paz, da compaixão, da harmonia, do saber.
Que, de agora em diante, cada um cultive a tolerância de modo a diminuir um pouco nossas atitudes instintivas e impensadas e aumentar nosso nível de consciência.
Que, de agora em diante, cada um aceite que só a tolerância é capaz de produzir a diversidade, ingrediente fundamental para a evolução humana ao dar-nos a oportunidade de conhecer, analisar e acrescentar ao nosso cabedal de sabedoria alguns tesouros a mais, até então desconhecidos por nossa própria experiência.
Que, de agora em diante, cada um celebre a transcendência que tolerância é capaz de alcançar.
A todos, um feliz Ano Novo; e àqueles que aderirem à idéia de tolerância, feliz Novos Tempos.
(Autor: Alex Francisco Paschoalini)
sábado, 31 de dezembro de 2011
sábado, 24 de dezembro de 2011
Sobre o Natal
Há muito já se tem falado que o Natal, hoje uma festa cristã, foi, na verdade, uma adaptação da festa pagã do nascimento do deus sol, no hemisfério norte. Por volta do terceiro século d. C., um concílio resolveu adotar como data de festejos do nascimento de Jesus de Nazaré o mesmo período usados pelos pagãos como forma de facilitar a conversão desses ao cristianismo.
Com a adoção do cristianismo por Roma e posterior difusão de sua doutrina por todo o mundo ocidental, a data passou a ser comemorada quase que mundialmente.
Independente de sua real origem ou dos destinos buscados em sua criação, o que realmente vale é analisarmos o que e quanto da simbologia esotérica do Natal tem sido preservado e quais os descaminhos que nos tem afastado de seu verdadeiro ensinamento.
É muito comum ouvir dizer que a imposição consumista que a época natalina traz às pessoas desvirtua o sentido da festa, mas a inflexibilidade dogmática também nos afasta de sua real finalidade.
Costuma-se dizer no meio cristão que as pessoas “esquecem do aniversariante” e preocupam-se apenas em festejar e trocar presentes, o que, em partes, não deixa de ser uma queixa verdadeira.
Mas mais do que “lembrar do aniversariante” é preciso fazer do Natal um lembrete de sua mensagem, que deveria estar presente diariamente em nossos atos. Mas do que simplesmente reverenciar o nascimento do messias é dar a oportunidade para que essa concepção de um novo nascimento tenha espaço para acontecer dentro de nós.
Dar a oportunidade de morrer o velho homem para nascer o homem novo; de encerrar um ciclo desgastado e esgotado para abrir um novo ciclo, repleto de possibilidades de evolução e desenvolvimento.
Muito além de reverenciar aquele que passou por esse planeta há dois mil anos é reverenciar a oportunidade de seu renascimento a todo instante dentro de cada um de nós. A possibilidade de nos divinizarmos a cada momento através de nossos pensamentos, palavras e atos.
Com a adoção do cristianismo por Roma e posterior difusão de sua doutrina por todo o mundo ocidental, a data passou a ser comemorada quase que mundialmente.
Independente de sua real origem ou dos destinos buscados em sua criação, o que realmente vale é analisarmos o que e quanto da simbologia esotérica do Natal tem sido preservado e quais os descaminhos que nos tem afastado de seu verdadeiro ensinamento.
É muito comum ouvir dizer que a imposição consumista que a época natalina traz às pessoas desvirtua o sentido da festa, mas a inflexibilidade dogmática também nos afasta de sua real finalidade.
Costuma-se dizer no meio cristão que as pessoas “esquecem do aniversariante” e preocupam-se apenas em festejar e trocar presentes, o que, em partes, não deixa de ser uma queixa verdadeira.
Mas mais do que “lembrar do aniversariante” é preciso fazer do Natal um lembrete de sua mensagem, que deveria estar presente diariamente em nossos atos. Mas do que simplesmente reverenciar o nascimento do messias é dar a oportunidade para que essa concepção de um novo nascimento tenha espaço para acontecer dentro de nós.
Dar a oportunidade de morrer o velho homem para nascer o homem novo; de encerrar um ciclo desgastado e esgotado para abrir um novo ciclo, repleto de possibilidades de evolução e desenvolvimento.
Muito além de reverenciar aquele que passou por esse planeta há dois mil anos é reverenciar a oportunidade de seu renascimento a todo instante dentro de cada um de nós. A possibilidade de nos divinizarmos a cada momento através de nossos pensamentos, palavras e atos.
(Autor: Alex Francisco Paschoalini)
sexta-feira, 16 de dezembro de 2011
Imagine - Comentário
A música Imagine marcou o início de minha adolescência, quando descobri o conteúdo de sua letra e a semelhança de suas idéias com os meus ideais. Mais do que isso, ao afirmar não ser o único sonhador, John Lennon lembrou-me de que eu também não estava sozinho.
Sua letra retrata bem a concepção do Princípio Agnóstico, onde nada deve ser mais importante do que a harmonia. Nenhuma diferença ou conceito deve sobressair à convivência pacífica e enriquecedora, ao sentido de evolução.
Hoje, depois de muito estudar sobre os grandes luminares da humanidade, vejo que a letra dessa música apenas reproduz seus ensinamentos, embora algumas instituições religiosas encubram a percepção desses conceitos fantásticos com o véu do dogma, das regras e do ritualismo e muitos seguidores tapem seus olhos com a máscara do fanatismo, da pseudo-obediência e da intolerância.
Muitos a consideram utópica, mas penso que a utopia é o salto quântico que nos permite evoluir, mesmo que não atinjamos exatamente o que a utopia espera. Certamente, ao nos aproximarmos dela, criamos condições para darmos mais alguns passos em sua direção num futuro próximo.
Ainda acredito que, um dia, possamos viver sem precisarmos buscar o paraíso, pois compreenderemos que ele está dentro de nós; e que o conceito de inferno será apenas uma vaga lembrança na estante de nossa memória.
Um dia, as limitações das fronteiras, das raças e religiões, mesmo que elas ainda persistam em existir, não serão empecilhos para nos darmos as mãos; e deixem de ser usadas como desculpas ou permissões para subjugar, torturar ou matar.
Um dia, deixaremos de buscar a posição de possuidores e nos daremos por satisfeito ao sermos possuídos pela idéia de fraternidade humana, de convivência pacífica, ao conceito de que não possuímos absolutamente nada, posto que um dia partiremos daqui sem levar sequer o próprio corpo e a própria vida.
Que um dia, a solidão das idéias que antes me afligia se torne o elo estreito de ligação com toda a raça humana e com toda a criação.
(Autor: Alex Francisco Paschoalini)
Sua letra retrata bem a concepção do Princípio Agnóstico, onde nada deve ser mais importante do que a harmonia. Nenhuma diferença ou conceito deve sobressair à convivência pacífica e enriquecedora, ao sentido de evolução.
Hoje, depois de muito estudar sobre os grandes luminares da humanidade, vejo que a letra dessa música apenas reproduz seus ensinamentos, embora algumas instituições religiosas encubram a percepção desses conceitos fantásticos com o véu do dogma, das regras e do ritualismo e muitos seguidores tapem seus olhos com a máscara do fanatismo, da pseudo-obediência e da intolerância.
Muitos a consideram utópica, mas penso que a utopia é o salto quântico que nos permite evoluir, mesmo que não atinjamos exatamente o que a utopia espera. Certamente, ao nos aproximarmos dela, criamos condições para darmos mais alguns passos em sua direção num futuro próximo.
Ainda acredito que, um dia, possamos viver sem precisarmos buscar o paraíso, pois compreenderemos que ele está dentro de nós; e que o conceito de inferno será apenas uma vaga lembrança na estante de nossa memória.
Um dia, as limitações das fronteiras, das raças e religiões, mesmo que elas ainda persistam em existir, não serão empecilhos para nos darmos as mãos; e deixem de ser usadas como desculpas ou permissões para subjugar, torturar ou matar.
Um dia, deixaremos de buscar a posição de possuidores e nos daremos por satisfeito ao sermos possuídos pela idéia de fraternidade humana, de convivência pacífica, ao conceito de que não possuímos absolutamente nada, posto que um dia partiremos daqui sem levar sequer o próprio corpo e a própria vida.
Que um dia, a solidão das idéias que antes me afligia se torne o elo estreito de ligação com toda a raça humana e com toda a criação.
(Autor: Alex Francisco Paschoalini)
quarta-feira, 14 de dezembro de 2011
Imagine
Imagine não existir paraíso
Será fácil se você tentar
Nem inferno abaixo de nós
Acima apenas o firmamento
Imagine todas as pessoas
Vivendo para o hoje
Imagine não existir países
Não é difícil de conseguir
Nada para se matar ou morrer
E nenhuma religião, também
Imagine todas as pessoas
Vivendo a vida em paz
Você pode achar que sou um sonhador
Mas eu não sou o único
Espero que um dia você se junte a nós
E o mundo será um só
Imagine não haver posse
Eu me pergunto se você conseguiria
Sem necessidade de ganância ou fome
Uma irmandade da humanidade
Imagine todas as pessoas
Compartilhando o mundo todo
Você pode achar que sou um sonhador
Mas eu não sou o único
Espero que um dia você se junte a nós
E o mundo viverá como um só
Tradução livre da música “Imagine”, de John Lennon (1971)
sexta-feira, 9 de dezembro de 2011
Princípio Agnóstico
Antes de explicar esse princípio é necessário compreender o correto significado do termo agnóstico. A expressão vem da palavra gnose, que significa conhecimento. Ao ser precedida do sufixo de negação “a”, concluímos que agnóstico é aquele que não tem conhecimento, ou aquele que admite não alcançar o conhecimento.
Como o termo trata da questão Deus, agnóstico é definido como aquele que, por não conseguir provar racionalmente a existência ou não de Deus, adota uma posição neutra, aceitando ambas as hipóteses como plausíveis.
Estendendo um pouco mais esse significado, agnóstico pode ser aquele que aceita os vários conceitos sobre Deus, que defendem ou refutam sua existência, como possíveis, uma vez que a experiência divina é algo muito subjetivo, longe do alcance da razão lógica e, portanto, uma vivência única e individual.
Não há como provar racionalmente a certeza extraída de sua subjetividade vivida às outras pessoas. Olhar um mapa jamais será igual a percorrer suas estradas e apenas aquele que percorre pode realmente dizer como é o caminho.
O Princípio Agnóstico é ponto fundamental para aqueles que pretendem trilhar a senda do Painel do Desenvolvimento Humano. É aceitar que todos os caminhos podem ser corretos mesmo que se tenha intimamente a certeza da retidão de sua estrada. É compreender que a fase em que se está em sua senda evolutiva não é necessariamente a mesma em que os outros se encontram e que, por esse motivo, a sua estrada é o caminho mais certo apenas para você que alcançou esse ponto de sua caminhada existencial.
Aceitar o conceito de Princípio Agnóstico é tirar o foco da questão caminho certo ou caminho errado e direcioná-lo para a questão maneira certa de percorrer o caminho escolhido.
Como disse Stanislaw Grof em seu livro “A tempestuosa busca do ser”, “...muitas pessoas ficam interessadas na dimensão mística de todas as religiões, percebendo que foi o núcleo místico da própria religião delas que chamou a sua atenção. Podem ver cada fé como um caminho diferente para o mesmo objetivo e desenvolver uma atitude ecumênica e universal, um tipo de espiritualidade planetária”.
Creio que se cada um adotar essa idéia de Princípio Agnóstico ao analisar seu entendimento religioso e o dos outros, ou seja, aceitar que nada pode ser definitivamente provado num assunto cuja subjetividade é o cerne da questão, teremos amplas oportunidades de um entendimento e uma conduta humana muito mais ética e harmoniosa.
(Autor: Alex Francisco Paschoalini)
sexta-feira, 2 de dezembro de 2011
Se eu quiser falar com Deus - Comentário
A música de Gilberto Gil lembrada na postagem anterior é uma síntese da idéia elaborada pelo Painel do Desenvolvimento Humano quanto aos caminhos para se conceber o conceito de Deus.
Ao apontar para as várias maneiras possíveis de encontrar Deus, a letra dessa música expõe de forma clara, pelo menos aos meus olhos, das possibilidades de alcançar a compreensão do conceito através dos diversos caminhos, assim como destacou o texto do Painel.
Além disso, apesar de a última frase da música indicar a chance de alcançar algo completamente novo ao final do caminho, em meu ponto de vista, ao reafirmar o “nada” várias vezes seguidas, deixa transparecer sutilmente a probabilidade de não encontrar absolutamente nada realmente em seu término.
Essa é a deliciosa dádiva que um poeta de alto nível consegue nos presentear: alcançar em poucas linhas a síntese de uma grande idéia.
(Autor: Alex Francisco Paschoalini)
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