Em 1969, o mito da deusa grega da Terra, ou, antes ainda, da Grande Mãe da cultura indo-européia, compreendida como a força elementar da potencialidade geradora, serviu de nome para que o britânico James E. Lovelock criasse a Hipótese de Gaia, ou Teoria de Gaia, em que se eleva o planeta Terra ao status de ser vivo, capaz de gerar, manter e regular as suas próprias condições de meio-ambiente.
Hoje em dia vemos a expansão da homeopatia, da acupuntura, da medicina psicossomática e da psicologia transpessoal, numa mudança gradual de conceitos em direção à aceitação do holismo como pensamento de enorme importância para a recuperação e o crescimento humano.
O mundo passou a ser visto como um todo integrado tal qual um organismo, transformando o conceito de ser humano e do próprio universo como algo que vai além da junção de suas partes. Tal como afirma o teólogo brasileiro Leonardo Boff, “A terra não resulta da soma dos solos secos, mais as águas, mais as rochas, mais a atmosfera, mais a biosfera, mais a antroposfera. A Terra é a totalidade articulada e relacionada de todas estas realidades que se implicam mutuamente e se necessitam para existir e viver.”
É hora de olharmos para nós mesmos como seres “inteiros” e não a soma de nossos órgãos, pensamentos ou atitudes. Mais que isso, é hora de olharmos o planeta como um todo em que fazemos parte, o Universo como um Todo Maior no qual estamos inseridos.
Um instrumento pode produzir sons, mas uma orquestra certamente executará toda uma sinfonia. Basta lembrarmos do que canta o compositor mineiro Beto Guedes, em sua música “O sal da terra”: “… um mais um é sempre mais que dois...”
(Autor: Alex Francisco Paschoalini)
Estou amando seus artigos! São simples e objetivos. Parabéns!
ResponderExcluirBjs,
Ana Maria